DA REDAÇÃO
O Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (Sinasefe) de Mato Grosso aprovou greve simultaneamente em 18 campi do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Mato Grosso (IFMT).
A decisão foi anunciada em Assembleia Geral realizada na tarde desta segunda-feira (1), que contou com a participação de servidores e servidoras docentes e técnicos-administrativos que aprovaram a deflagração de Greve no IFMT, por tempo indeterminado, a partir do dia 8 de abril.
Entrarão em greve na próxima segunda-feira (8) os campi de Alta Floresta, Barra do Garças, Confresa, Bela Vista, Pontes E Lacerda, Primavera do Leste, Rondonópolis, Sorriso, Várzea Grande, Diamantino, Guarantã Do Norte, Sinop, Tangará da Serra e IFMT reitoria.
No campus de Lucas Do Rio Verde a greve foi aprovada com início para o dia 15 de abril e no IFMT de Campo Novo do Parecis a greve terá início no dia 22 de abril.
O campus do IFMT em Cuiabá aprovou a greve e realizará uma nova assembleia nesta quarta-feira (3) às 9h para redefinir a data de início, com base em prazos legais.
Somente o IFMT de Juína não aderiu a greve.
Demandas
O Sinasefe de Mato Grosso tem entre as demandas a reestruturação das carreiras dos Técnicos-Administrativos (PCCTAE) e docentes (EBTT), recomposição salarial das perdas inflacionárias, e a revogação de medidas que prejudicam os profissionais da educação, além da recomposição orçamentária dos Institutos Federais.
Entre as principais reivindicações dos servidores estão:
– Reestruturação da Carreira PCCTAE e da Carreira EBTT;
– Recomposição Salarial (34,32% para TAEs e 22,71% para Docentes);
– Recomposição do Orçamento das Instituições Federais de Ensino;
– Revogação de medidas prejudiciais à categoria.O
sindicato destacou uma série de fundamentos que justificam a decisão de deflagrar a greve, em especial a de o governo federal ignorou todas as propostas de recomposição salarial entregues pelas entidades do setor.
Além disso, as perdas salariais acumuladas entre 2010 e 2023 são consideradas alarmantes pelos servidores.
Apesar da proposta de negociação para recomposição das perdas salariais, o governo ofereceu reajuste zero em 2024, o que foi considerado inaceitável pela categoria. Outra questão crucial é o fato de o governo não ter atendido às reivindicações de equiparação dos auxílios com outros poderes, deixando os servidores em desvantagem.
Adicionalmente, o PCCTAE não teve uma atenuação significativa das suas perdas com o aumento emergencial de 2023, impactando diretamente o poder de compra dos trabalhadores e das trabalhadoras.
Por fim, os servidores apontam o subfinanciamento contínuo dos Institutos Federais como fator que afeta diretamente a qualidade da educação oferecida, contribuindo para a decisão de deflagrar a greve por tempo indeterminado.
“A valorização da categoria e das carreiras é essencial para a valorização da Educação, o que demanda a reestruturação das carreiras PCCTAE e EBTT para corrigir defasagens e distorções históricas, além da recomposição das perdas inflacionárias que corroeram o poder de compra nos últimos anos”, afirma o coordenador geral do Sinasefe Seção, Roni Rodrigues.
Matéria por: MidiaNews