Vivaldo Lopes diz que investimentos na Copa do Mundo não afetam as finanças estaduais

O secretário-adjunto de Fazenda, Vivaldo Lopes, não concorda com a previsão de que Mato Grosso, após a realização da Copa do Mundo, estará completamente “exaurido” em sua capacidade de contratação de novos empréstimos, por conta das dívidas contraídas para a execução das obras de mobilidade em Cuiabá e Várzea Grande.

De acordo com ele, a realidade é bem diferente e a saúde financeira do Estado “vai muito bem”.

Em entrevista exclusiva ao portal de notícias MidiaNews, ele traça um parâmetro dos últimos 10 anos entre pagamento de dívidas e crescimento das receitas correntes líquidas do Estado, critério exigido pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) para as prestações de contas.

Segundo Lopes, no início de 2003, o Estado tinha uma dívida de R$ 6,08 bilhões para uma receita líquida de apenas R$ 2,51 milhões.

“Se naquela época fosse decidido que Mato Grosso iria ‘zerar’ sua dívida, seriam necessárias quase três receitas sem nenhum outro gasto”, explica.

O comprometimento da receita estadual como pagamento de dívidas chegava a 17%, porém, depois de algumas medidas tomadas pelo então governador Blairo Maggi (PR), houve um declínio até chegar, hoje, 10 anos depois, a apenas 6%.

“Sangue, suor e lágrimas” teriam sido as recomendações para reduzir o valor das dívidas. E, de quase três receitas líquidas (242%), a dívida saiu de R$ 6.08 bilhões para uma receita líquida de R$ 2,51 milhões (em 2002), para R$ 5,60 bilhões e uma receita de R$ 9,7 bilhões em 2013.

Com isso, Vivaldo Lopes diz que o próximo Governo terá, a partir de 2015, uma capacidade de contratação de empréstimos de aproximadamente 7%, uma vez que o limite é 15% e o atual Governo só utilizou 6,8% desse total.

Das obras de mobilidade, só têm recursos a serem liberados para o VLT (Veículo Leve Sobre Trilho) e o MT Integrado (programa de asfaltamento de rodovia, de acordo com Vivaldo Lopes.

Fonte: Mídia News