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A Assembleia Legislativa deve instalar ainda neste primeiro semestre uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que vai investigar os sucessivos déficits da previdência social de Mato Grosso, registrado atualmente na ordem de R$ 750 milhões.
Autora do pedido de investigação, a deputada estadual Janaína Riva (PMDB) assegura que já conseguiu as oito assinaturas necessárias para a abertura da investigação. A peemedebista diz que até mesmo parlamentares da base aliada do governador Pedro Taques (PMDB) assinaram o requerimento.
“Independente de ser oposição, dialoguei individualmente com os parlamentares a respeito de como vai proceder a investigação. Não faremos politicagem, mas uma investigação séria que possa aperfeiçoar a previdência e o controle de gastos em Mato Grosso”, disse.
De acordo com a deputada Janaína Riva, a ideia de uma investigação na previdência social de Mato Grosso surgiu após os debates a respeito da reforma no setor que pode elevar a contribuição de 11% para 14%.
Além disso, os sucessivos déficits financeiros geram preocupação, pois poderia tornar o setor totalmente insustentável diante da perda de arrecadação do Estado que motiva a necessidade de contenção de despesas nos próximos anos.
“Em 2014, tinha em caixa R$ 324 milhões. Passado o período de um ano, esse rombo passou a ser de R$ 300 milhões e hoje está em R$ 700 milhões. Não é a negligência de uma gestão só, mas uma negligência continuada”, afirma.
A parlamentar ressaltou que não há denúncias formalizadas na Assembleia Legislativa a respeito do MT Prev. A princípio, a CPI deve se basear em notícias divulgadas na imprensa e declarações do governador sobre o suposto rombo na instituição. “Existem as notícias da mídia, dizendo sobre um rombo na previdência, já vi o governador e alguns secretários falarem sobre isso. O que a gente quer ver é se, de fato, isso existe. Queremos ver se o rombo só se resolve aumentando no bolso do contribuinte”, pontuou.
