A Ana que amou
A tristeza de um lar rompido
Muito cedo conheceu a dor
Fazendo valer o equilíbrio divino
Também lhe foi apresentado o amor
Amor que alegra
Amor que alivia
Amor que conforta
Amor que contagia
Sentir a beleza do universo
O dom que diariamente desenvolvia
Da vida, estudando cada verso
Amando tudo e todos que conhecia
Amava aprender
Amava ensinar
Amava conhecer
Amava estudar
Castanhos olhos flagravam
O brilho da criação
Das estrelas no céu sustentadas
Da praia, até o mais pequenino grão
Amou a luz
Amou as flores
Amou contraste
Amou as cores
A Arte do criador sentia
Em todas as coisas que ouvia
Das canções mais belas recitadas
Ao choro da criança que nascia
Amara a voz
Amara a música
Amara os sons
Amara a acústica
Apaixonada pelos sabores
Não havia restrição
Da essência nativa das frutas
à Culinária feita de coração
Abraço que protege
Beijo que ama
Carinho que aconchega
Calor que agasalha
O mundo que tanto amou
Recíproco não soube ser
Quem perdeu foi a humanidade
Que não fez por merecer
Aquela que amava e ria
Aquela que era fonte de alegria
Aquela que o tempo todo sorria
A minha mãe Ana Maria
Por Alexssander de Camargo