sexta-feira, 26, abril, 2024
34 C
Cuiabá

Técnicos da UFMT aderem a paralisação nacional e guarita de acesso será fechada

Date:

Técnicos administrativos em Educação da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) e do Hospital Universitário Júlio Muller (HUJM) aderem ao movimento nacional em prol da reestruturação da carreira e por melhores condições de trabalho. A paralisação inicia na quinta-feira (14), após meses de negociação sem sucesso com o governo federal. Em respeito à legislação vigente, a ação não impede a realização de serviços essenciais, reduzindo estes para apenas 30% das atividades.

Além dos servidores docentes, a UFMT conta com a força de trabalho de mais de 1300 servidores técnicos, responsáveis por todo o funcionamento administrativo da Instituição. Eles acolhem a comunidade através do atendimento ao público e participam do desenvolvimento de todas as atividades de ensino, pesquisa, extensão, cultura, esporte e lazer que a universidade oferece, sendo assim fundamentais para o cumprimento da missão institucional da UFMT.

“Somos nós técnicos que atuamos em todas unidades da UFMT, desde a biblioteca até o processamento e pagamento de bolsas e salários. Atuamos nos Hospitais Veterinário e Hospital Universitário Júlio Muller e também mantemos os laboratórios que dão sustentação ao ensino e a pesquisa funcionando. Atuamos na porta de entrada da UFMT, recebendo a comunidade e mantemos a infraestrutura em ordem para o bom funcionamento do ensino e da pesquisa”, afirma André Faust, servidor técnico-administrativo da UFMT.

No HUJM, os técnicos da UFMT também são responsáveis pela assistência, pela preceptoria e pelo cumprimento das atividades de ensino e de pesquisa, além de atuar efetivamente no atendimento dos usuários da unidade do SUS no ambiente universitário. Por isso, a luta por melhores salários está diretamente vinculada à melhoria da qualidade do atendimento.

“Desde o início de sua história o HUJM tinha técnicos vinculados à UFMT atendendo a população de Cuiabá e Mato Grosso, mas desde que o hospital foi assumido pela Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH) nós temos perdido espaço e direitos, com a coexistência no mesmo ambiente de trabalho de duas categorias com regimes, salários e benefícios distintos. Por isso uma das pautas dessa luta é a isonomia de tratamento para ambas categorias”, afirmou Luzia Melo, coordenadora geral do SINTUFMT.

A principal reivindicação dos servidores é o aprimoramento da carreira para que reflita a importância da Educação Pública no Brasil.

Atualmente a categoria dos técnicos administrativos em Educação têm o menor salário do serviço público no executivo Federal. Nos cargos de nível médio, a remuneração base bruta é de R$ 2400, ou seja, R$3000 a menos que um servidor de mesmo nível do INSS.

Além disso, desde 2005, quando o plano de carreira foi aprovado, os reajustes conquistados pela categoria nunca foram o suficiente para vencer a inflação, já que não há uma Política Salarial com Reajuste Anual e nem data base como as demais classes de trabalhadores CLT.

“O resultado disso é que a cada ano, mais servidores deixam a carreira em busca de novas oportunidades, alcançando uma taxa alarmante de evasão e, por consequência, a diminuição na qualidade dos serviços prestados”, completou Luzia.

Desde 2023, as entidades representativas dos servidores, como a FASUBRA, tentam negociar um reajuste salarial para o ano de 2024, sem sucesso com o governo federal, tornando a greve a última alternativa da classe.

Durante este período, diversas ações de conscientização, sensibilização e mobilização serão conduzidas pelos manifestantes e suas atividades serão reduzidas ao essencial na UFMT e no HUJM, como previsto em lei.

Paralisação.
As aulas na UFMT continuam, mas atividades realizadas pelos técnicos administrativos, como o atendimento do Hovet, a divulgação de editais, o processamento das bolsas e outras atividades essenciais ocorrerão em 30% de sua capacidade. Aulas práticas ou de campo podem ser suspensas na medida em que necessitarem de transporte ou de determinados recursos técnicos.

A partir de quinta-feira (14) a guarita 2 (acesso pela avenida Alziro Zarur) ficará fechada. A guarita 1 (acesso pela rotatória do viaduto) será fechada apenas no dia 14, até as 9h da manhã, para marcar o início da paralisação, com uma Assembleia/Ato que será realizada naquele local a partir das 07h.

Já no hospital HUJM, os serviços do Ambulatório I, II, III, IV serão paralisados, enquanto os serviços de assistência das Clínicas, UTIs, Bloco de Imagem, Nutrição, Banco de Sangue e de Leite, dentre outros terão escalas de GREVE construídas de comum acordo com as chefias.

As atividades de cada setor/unidade terão sua garantia conforme dispositivo legal.

Compartilhe:

Popular

More like this
Related

Golpistas tentam enganar inativos de MT

O Mato Grosso Previdência (MTPrev) informa que beneficiários tem...

Dia do Contabilista: 25 de abril

Hoje celebramos o Dia do Contabilista, uma ocasião dedicada...

ABRIL VERDE – Cerca de 5 mil casos de acidentes de trabalho tramitam no TRT/MT

A Justiça do Trabalho em Mato Grosso possui cerca...

Quatro anos após resgate, casal é condenado a prisão por escravizar Madalena Giordano

A família que escravizou Madalena Giordano desde os 8...
Feito com muito 💜 por go7.com.br